sexta-feira, 10 de maio de 2013

Os Futuros Educadores...

Quem somos nós?
Alunos. Entramos na faculdade este ano com um propósito que nos faz parecer iguais, ser professor. sabemos que esta profissão, de um modo geral não é muito valorizada em nosso País, que quando alguém pergunta: que curso você está cursando? Dizemos com um sorriso no rosto: Pedagogia, Biologia, Matemática enfim entre outras licenciaturas, e aí nos olham com cara de espanto e dizem: Que coragem ein? Mas você tem certeza que gosta mesmo?  Lidar com crianças, adolescentes, remuneração muitas vezes baixa... Por um segundo pensamos que tal pessoa tem razão,
 mas o amor que iremos doar, a dedicação e a nossa vontade de construir um Brasil melhor para nossos filhos, netos enfim gerações futuras, fala mais alto, acreditamos em nós mesmos, sabemos que somos capazes de fazer a diferença para muita gente, mudar o mundo não vamos, mas se cada professor fazer a diferença para cinco alunos ou até mesmo um, ja é uma grande vitória! Temos uma certeza, queremos ser iguais a vocês esses professores que nos ensinam, ajudam, e até mesmo brigam conosco, para fazer esta mesma diferença que vocês fazem para nós, um dia vocês não irão nos dar mais aula, assim como outros que passaram por nossas vidas, mas a sementinha de vocês vão estar plantadas em nós e iremos repassar e repassar.

 E sim, queremos e seremos professores nos dias atuais!

 


Grupo composto por: Stéfanne Correia (Pedagogia), Tamiris Martinelli (Pedagogia), Karen Sato (Biologia), Débora Silva (Pedagogia), Juliana Castilho (Pedagogia), Mayara Limas (Biologia), Daniele Souza (Biologia), Hinaiá Macedo(Pedagogia) e Vinicius França (Biologia).

Uma visão paralela


     Essa é uma entrevista realizada a um ex- professor que embora tenha deixado o campo de atuação Docente, ama o Ensino e o profundo desejo de lecionar!

Este texto contém afirmações, algumas vezes com generalizações propositadamente exageradas, e não está fundamentada em nenhuma base científica ou estudo sistemático, refletindo tão somente uma opinião pessoal.

O modelo atual de ensino prioriza a instrução, o conhecimento prático que ajuda a se destacar no mundo profissional, a técnica, a repetição e produtividade. Um modelo educacional muito influenciado pela revolução industrial do século retrasado e institucionalizado no Brasil em meados do século passado. O foco era a formação de profissionais para preencher as necessidades da sociedade para cumprir funções sociais instituídas pela mesma. Infelizmente parece que o tempo somente aprimorou este conceito.

     Neste contexto, quando jovem, percebi que teria muito a colaborar com meus conhecimentos. Anos se passaram, sem nenhuma orientação, para que eu compreendesse o erro comum à maioria dos professores. Percebi a diferença entre educar e instruir. Porém, quanto mais eu refletia sobre este assunto, mais dúvidas surgiam.

Talvez não fosse errado passar informações na forma técnica, pois a formação básica de valores, moral e ética, deveria ser provida pela família.  Cabe aqui fazer ressalvas para separar e classificar, os professores que interagem com o aluno em seus diversos níveis de maturidade, que entendo que deveria mudar ao longo do tempo entre o nascimento e a morte.

    Fui professor em cursos com foco em alunos do ensino médio. Um dos questionamentos mais marcantes para mim era se um aluno com a formação recebida até então, teria a capacidade de decidir sua futura profissão fornecida pela universidade. Claro que a resposta me parece negativa, facilmente provada pelo alto nível de desistência nas universidades, e profissionais que atuam em áreas completamente distintas da sua formação acadêmica. A motivação para a decisão quase sempre me pareceu financeira, isto é, a profissão ou conhecimento que pudesse gerar mais renda.
     Meus questionamentos da juventude foram pouco a pouco sendo respondidos, porém, surgiram questionamentos mais difíceis, que me mostraram a necessidade de uma formação mais holística do professor. A importância da formação em filosofia e suas ramificações como a psicologia, e sociologia, além dos temas de especialização de cada professor e da pedagogia. Esta formação ajudaria o professor a atingir o grau máximo de sua profissão que é ajudar o aluno a entender claramente as pessoas e o contexto social que vive, e explorar seus potenciais inatos ou aprendidos para atingir sua plenitude.
     Claras mudanças estruturais da família e da influência da formação religiosa ou espiritual, afetada pela valorização excessiva da ciência, tecnologia e consumismo, algumas vezes, com o desmoronamento dos valores morais, traz como desafio adicional ao professor o de receber um aluno sem os fundamentos básicos para a formação do cidadão. Minha hipótese de que a família forneceria a educação moral e ética estava errada. Quer dizer, a terceirização da educação moral e ética à escola, e consequentemente ao professor, traz a este uma sobrecarga para a qual não está preparado, e mesmo que esteja preparado, não possui os poderes institucionalizados pela sociedade para assumir este trabalho. Este dilema é uma das forças que geram um círculo vicioso perverso onde todos perdem, e a sociedade, creio eu, já definiu quem deveria ser o responsável e culpado. Isto gera o clássico problema da responsabilidade e autoridade. Este cenário é especialmente contundente no ensino fundamental e infantil trazendo uma responsabilidade poucas vezes valorizada aos professores que atuam com o publico desta faixa etária.
     No Brasil, o estado assumiu a responsabilidade da educação infantil, tentando deixar o foco assistencialista de “cuidar”, colocando a educação infantil como parte integrante da constituição (E.C.A.) assumindo uma postura mais pedagógica.  Isto simplesmente facilitou aos pais assumir a postura de terceirizar a educação moral e ética.A questão é: como o estado pode assumir uma responsabilidade sem que os seus agentes (professores) estejam preparados e autorizados?
    Algumas distorções, geradas principalmente pela sociedade capitalista, que cria um ciclo de produção, consumo e soberba, que afetam a capacidade de uma família, ter tempo e condições financeiras para educar a criança, ou quando os têm, educam a criança somente visando à formação da mesma para fazer parte deste ciclo, realimentando tais distorções. No meio destes círculos viciosos está o professor, que perdeu, claramente, seus referenciais de função.  
     Em meio a teorias da boa prática pedagógica, e a falta de condições estruturais para exercer sua função, o professor vive o dilema de como agir. Claro que isto não justifica que, analisado pela lente da moral e da ética, o professor não tenha que ter um senso crítico constante para tentar transformar tal teoria em prática. Desta forma o professor tem uma função solitária e introspectiva altamente frustrante.
     Com este cenário nada promissor onde a educação se tornou um produto comercial, a função do professor atualmente se restringe a superficialidade de passar informação. Incentivado pela política do “tapar o sol com a peneira” onde a quantidade é valorizada em detrimento da qualidade, a própria formação do professor é afetada, exemplificando o dilema Aristotélico do “ovo ou a galinha”. Muitos motivos políticos escusos e egoístas existem para perpetuar este cenário, criando de novo um círculo vicioso. A tecnologia, também, tem afetado muito, criando uma confusão global entre o significado de ter informação e ter conhecimento. A transformação da informação em conhecimento depende somente do ser humano.
     Em meio a falta de consenso sobre o conceito de educação, o professor – peça chave deste paradigma – possui uma profissão desgastada e desvalorizada, tanto sob a ótica financeira como a social.
     Qualquer análise desta carreira deve passar necessariamente pela reformulação das hipóteses sociais e políticas consideradas verdadeiras de forma realista.
     Apesar de tudo isto, existem pessoas que com profundo altruísmo continuam a desejar ser um bom professor.  Trabalhar em um ambiente jovem, cheio de energia e esperança sempre renovam suas forças. Como professor, raros serão os dias em que não irá rir contagiado pela alegria da infância e juventude.

Claudio Nisiyama


Por: Débora Silva 


CONCEPÇÕES DE ENSINO



No decorrer da história da educação, diversas concepções, métodos, conceitos e teorias foram surgindo. A escolha da concepção que o professor utilizará, diz muito sobre a sua percepção de mundo.

Com base nas aulas da Prof.ª Denise, vou apresentar a vocês algumas concepções.

INATISMO

Trata-se de uma concepção que acredita que o desenvolvimento e aprendizagem dependem de uma herança genética.

Diversos estudos foram realizados, porém remetiam especificamente a criança, onde discutiam sobre as diferentes formas de inteligências e as distintas personalidades, neste caso baseando-se no tipo físico, e outras mais. A partir desses estudos toda criança que não seguia o padrão de conduta era tida como criança problemática.

Havia até mesmo um manual, que se chamava “A criança problemática” que foi um livro escrito por Artur Ramos, médico pediatra famoso na dec. de 30 e foi usado como um guia, e se a criança não seguia aos padrões era taxada de criança problemática de onde surgiu a “criança problema” o que hoje com a política de inclusão esperamos que não seja mais utilizada, pois devemos avaliar não só a criança em si, mas o contexto social, familiar e histórico que ela vive. Neste contexto, das teorias clássicas o problema estava sempre na criança, falavam da criança com C maiúsculo, não havia relativização.

Dentro do inatismo temos a teoria da guestalt, palavra alemã que não tem tradução literal, estuda as percepções, e explica um pouco do insight.

Uma forma de aprendizagem, presente no inatismo é o insight que do inglês: sight- visão e in-em, dentro; traduzindo-se como introvisão. Abordado por Kohler, um pesquisador Alemão que realizou experimentos com macacos em 1917.




Vídeo http://www.youtube.com/watch?v=FcBGAWNCipI

Neste vídeo podemos perceber nitidamente os conceitos do insight. O sujeito aprende e resolve situações e problemas, movidos por sua percepção, por isso introvisão, ver de dentro, é uma forma subta e repentina que você percebe as coisas, como os macacos que aleatoriamente e de forma inconsciente ao subirem em uma das caixas se percebem mais próximos à banana e faz essa conexão, momento em que essa percepção se integra e ele usa o caixote para pegar a banana.

O insight é uma teoria relevante no inatismo, por depender de características individuais internas e intransferíveis, não se pode ensinar um insight, o professor pode possibilitar situações oportunas que estimulem as crianças a desenvolverem e aprimorarem a prática do insight.

EMPIRISMO

Também conhecido como Ambientalismo ou Behaviorismo, acredita que o desenvolvimento e aprendizagem são condicionados pelo meio, fala de ações observáveis ocorridas em um ambiente contextual.

Nesta concepção, o professor visa o desempenho pontual, mecânico.

A lei de diretriz base 5692 é behaviorista, ou seja, o nosso sistema educacional brasileiro tem um gancho behaviorista até hoje. As escolas funcionavam assim, era o famoso ensino tecnicista, o professor, ditava, ditava, ditava, o aluno copiava, copiava, copiava fazia exercício prova e o professor dava a nota, qualquer forma diferente de reflexão, de crítica ou de criatividade devia ser barrada para manter um controle.

No Behaviorismo você tinha que controlar as variáveis, você não podia em nenhum momento deixar essa criação, reflexão acontecer. Havia apenas reprodução do que já vinha pronto. O Behaviorismo é uma teoria muito bem estruturada, uma teoria que tem sustentação dentro da psicologia, porém a aplicação dessa teoria como um pilar da educação geraria problemas. Existe aprendizados que é preciso passar de forma mecânica como, andar de bicicleta, mas não cabe a todo e qualquer aprendizagem, por que é necessário exercitar no aluno a capacidade de reflexão, criação e de crítica.

O condicionamento clássico, na teoria Behaviorista, é ESTIMULO- RESPOSTA- REFORÇO, deve ser aplicado diversas vezes para que haja

condicionamento do comportamento. Surgiu com a experiência do Pavilov, com o cachorro, o Skiner usou ratos e pombos.

Em sala pudemos perceber essa relação de ESTIMULO- RESPOSTA- REFORÇO através do filme - A onda, versão Alemã, 2008.



O professor Rainer utiliza da prática vivenciada, que é um conceito behaviorista, para ensinar os seus alunos sobre Autocracia, onde fica claro também o uso do termo empirista, que vem de experiência de vida, tudo que é empirista teve como base comprobatória algo que aconteceu, algo concreto, por meio dessa prática posiciona-se como o líder de um movimento, A onda, e de diversas maneiras emite ESTÍMULOS aos seus alunos, os quais devolvem algum tipo de RESPOSTA, este retorno pode ser de acordo ou não com o estimulo que o professor enviou que por sua vez, o professor retorna em forma de REFORÇO positivo ou negativo e assim por diante até que alcance o condicionamento desejado.

Um exemplo breve:

* O professor sugeriu um encontro - ESTIMULO

* Os alunos concordaram – RESPOSTA

* Sugeriu o uso de uma camiseta branca – ESTIMULO

* Usaram camisetas para o encontro – RESPOSTA

* Quem não estava de camiseta branca foi barrado – REFORÇO negativo

* Quem estava com a camiseta branca foi bem recebido e participou do movimento – REFORÇO positivo

Isso nos mostra que essa forma de ensino, apesar de ser menos trabalhosa, não capacita os alunos a pensarem por si, só faz com que eles reproduzam uma ideia de algo “certo” ou ”o melhor” pela visão de quem transmitiu, não permitindo que eles criem novas ideias ou escolham o seu caminho. ”Não humanizamos”! Segundo Paulo freire.


INTERACIONISMO

Na tendência Interacionista temos como base a teoria Construtivista ou teoria de Piaget.

Esse conceito Construtivismo foi trazido por Piaget, que usou o sentido literal de construir e aplicou no conhecimento ou forma de aprendizagem. Em nenhum momento vemos a criança/ser humano, de forma fragmentada, temos uma ideia de continuidade, a criança tem uma base de conhecimento, já previamente adquirida em casa e no meio social de vivência dela, a partir dessa base o professor faz ligamentos e relações com outros conceitos, contextos e ideias, os quais a criança vai polindo e implantando na sua “base”.



Por : Debora Silva

Depoimento

Entrevista realizada com a Professora Soraia Silva Soares    Ser professora é um grande orgulho para mim é a certeza de que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se feliz pelo que você ensinou para ele.    
      È consumir horas e horas pensando em cada detalhe daquela aula que,mesmo ocorrendo todos os dias, a cada dia é única.     Entrar na sala de aula para mim é uma satisfação a cada dia, se tenho algum problema é ali que esqueço de tudo e saio no final de cada dia ao lado deles uma pessoa melhor.     E eles nem imaginam o quanto cada um deles me ensinam...     É muito gratificante encontrar um aluno seu de muitos anos atrás e ver que o que você ensinou marcou a sua vida e ele comenta algo que faz você como professor ter a certeza de que não nasceu para fazer outra coisa.     Amo ser professora!!!     E sou feliz por isso!



“Ser professora é apontar caminhos mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés” (Autor desconhecido)

Por: Daniele Souza




Como Surgiu o dia dos professores em nosso País?

      Bom galerinha, alguém já parou para pensar o que comemoramos no dia 15 de outubro? Para falar a verdade na maioria das vezes lembramos desta data, quando somos crianças que é O DIA DOS PROFESSORES, onde agradamos com maçãs, caixas de bombons e outros presentinhos. Mas você já parou para pensar como surgiu a idéia de comemorar esta profissão?
     È muito interessante e poucas pessoas sabem o porque desta comemoração no dia 15 de outubro no Brasil, pois em 1827 (dia dedicado a educadora Santa Tereza D'ávila), na época em que Dom Pedro 1°, decretou o ensino elementar em nosso país, pois exigia em que todas as vilas, povoados e cidades adquirissem a educação de 1°letra, onde seus alunos teriam forte conhecimento em descentralização, matérias básicas(português e matemática), o porque de se tornar professor, o salários dos professores e saberem como eram contratados seus professores. Naquela época já se tinha noções inovadoras e revolucionárias, porém teria sido uma das melhores coisas se tivessem sido cumpridas na época.
     Somente 120 anos depois em 1947, ocorreu a primeira comemoração da data em dedicação ao professor, começou em São Paulo em uma escola de pequeno porte, na rua Augusta n°1520, onde já existia na época o estádio Caetano de Campos conhecido por "caetaninho", como as férias em ano letivo tinham somente 10 dias em todo ano, quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia para de parada, para evitar a preguiça e também usar este dia como um acordo, para decidir o que manter de ensino até o fim do ano letivo. O professor Becker sugeriu o encontro para o dia 15 de outubro, data em que na sua cidade de origem os alunos levavam doces de casa para uma pequena festa. Com os professores Alfredo Gomes, Antonio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava posta e começou a se expandir em todo Brasil.
     A confraternização visou grande sucesso e acabou sendo espalhada cidade e pelo país nos anos seguintes até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar em 14 de outubro de 1963. Os lugares de ensino farão festas em que se comemore a função de mestre na sociedade moderna e tendo em vista seus alunos e famílias juntos nesta comemoração.

Por: Daniele Souza